Sobre devaneios, divagações e universos pararelos

Sobre devaneios, divagações e universos pararelos

sexta-feira, 18 de novembro de 2011



Hoje à tarde pude contemplar o vôo de vários pássaros (não sei qual a espécie). Parecia mais uma dança no ar. Vinham em grupos de uns 20 mais ou menos, e estavam organizados em forma de v. Essa organização permite percorrer uma maior distância com menos esforço, já que elas ficam se revezando, quando uma cansa outra assume sua posição de liderança, e assim por diante (e é isso que deve acontecer conosco também, saber que não estamos sozinhos, que tem alguém do nosso lado nos apoiando, fortalecendo-se mutuamente).  Quando achava que iria acabar, surgira outro bando, lindamente, rumo ao seu destino. Certo momento, um grupo veio desordenadamente, em uma direção diferente da dos demais, passando bem por cima da minha cabeça. Fiquei admirando à beleza do vôo e invejando aquelas criaturas, querendo tornar-me um deles, saber qual a sensação, sentir o vento e a liberdade. E também, ao continuar olhando para o céu após a passagem do bando de pássaros, vi um brilho inexplicável, como se tivessem jogado purpurina lá de cima. E fiquei ali, por um tempo (não sei quanto ao certo), quieta, pensando no quão somos pequenos diante da estonteante magnitude da natureza.  O horário era ao entardecer, a melhor parte do dia (pelo menos pra mim) é essa, quando o sol está se pondo e dando lugar ao escurecer da noite, ao aparecimento das estrelas, que tão perfeitamente abrilhantam nossas noites e nos embelezam com seu fascínio. 

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Ilha das flores


Lembrei desse vídeo que vi em uma aula de sociologia e gostaria de compartilhar com vocês... Pelo título a gente pensa ser uma coisa bem bonita né? Ilhas das flores, mas a realidade é outra totalmente diferente. Não há nada de flores. Muito pelo contrário, o que se vê é um descaso absurdo com a vida humana. E quando vejo algo desse tipo sou tomada por um sentimento de impotência misturado com revolta. 
Muito tem se falado da pobreza na áfrica, das desigualdades sociais, "da falta de alimentos", enfim, vários problemas que assolam a sociedade. Mas fica só nisso, ninguém faz absolutamente nada. Para muitos já está ficando meio que "comum", muitos estão perdendo a capacidade de se sensibilizar com o sofrimento do outro(chamaria isso de atrofiamento das emoções). Estão muito bem acomodados em suas bolhas, seus mundinhos artificiais.

O que você me diz dessa imagem? Não sente nada ao vê-la? Acha que é algo muito distante e que você não tem nada a ver? Ou ainda é capaz de se emocionar? Digo isso, pois para muitos não passa de um imagem qualquer. E não precisa eu dizer nada sobre a imagem, pois ela já fala por si própria.



Aos que ainda são capazes de sentir uma inquietação, um desejo de mudança, uma aperto no coração, meus parabéns, suas emoções ainda estão 'ativadas'.

Mas falar aqui não irá resolver nada. Ou então milhares de noticiários estampados em todos os lugares. Todo mundo já sabe do problema. É hora de falar em melhorias, quem sabe todo mundo falando e principalmente cobrando algum dia melhore né? 
Enquanto isso não chega só nos resta REZAR por esses seres , vítimas de um contexto social que se estabeleceu através da negação e do descaso. Que assim como nós, são providos de sentimentos, possuem sonhos e desejos e que no mínimo devem ser respeitados. 

P.S.1: Gostaria de saber como está atualmente a ilha das flores, pois o documentário é de 1989 (ano que nasci). Vou pesquisar aqui, se alguém souber me avise.

P.S.2: Ao ver situações como essas, percebemos o quanto somos abençoados. O quanto devemos agradecer, agradecer e agradecer. O quanto muitas vezes nos prendemos a problemas tão mesquinos e deixamos passar coisas simples e essenciais. E o quanto reclamamos muitas vezes sem necessidade.

Das peripécias e lembranças da infância ^^

-Adorava brincar nas ruas de queimada (descontava minhas rivalidades pessoais com boladas 'super fortes', uma vez quase quebro o dedo de uma menina quando ela tentou agarrar a bola, kkkkkkk), de esconde-esconde (bem, na maioria das vezes ficava 'pastorando' as mais 'saidinhas' namorarem, eu como era a mais nova, tinha que me submeter a isso ¬¬'), chuta latinha, bandeirinha, pular elástico, jogar bila (bolinha de gude :P) tinha uma lata de neston cheinha de bila, kkkkkk... E da vez que quase morro soltando uma pipa hein? Quando ficou presa no fio.

-Adorava imitar cantoras e dançarinas (dizia que ia ser cantora viu ¬¬), brincar de bonecas, fazer roupinhas...Ah! Sabem aquela boneca da eliana que 'andava'? Pois bem, eu era louca por uma, aí uma amiga tinha e eu ia brincar na casa dela (um dos traumas, auhsuhs). Brincava de escolinha, de cabra-cega, passar o anel, tô no poço, e várias muitas outras. Morria de medo do fofão, achava que tinha uma faca dentro dele e ele iria me matar O.O

-Posso dizer que já fui rica sim, mas só naquela música ... Eu sou rica, rica rica de marré, marré, marré. Eu sou rica, rica, rica de marré deci, kkkkkkkkkkkk, não queria ficar do lado pobre, tadinha de mim..kkkkk.

-Gente, eu pareço legal, mas quase morro de rir quando uma amiga minha mandou a outra pular da rede dizendo que ela iria voar. Resultado, a pobre meteu a cara no chão, kkkkkkkk. Já pratiquei bullying na escola (chamava uma menina de rede de pegar peixe, porque ela só ia pra escola com uma blusa de crochê, não me orgulho disso não ok? :S. Na 3ª série, uma menina tava escrevendo meu nome e de um menino no quadro, aí eu fui apagar e ela me deu uma esponjada na cabeça, logo em seguida dei um soco na cara dela, detalhe, o nariz dela sangrou muito. Gente, foi só o impulso ok? Não sou violenta.

-Já fiquei brincando por horas na casa de uma colega sem avisar a mainha. Depois de um certo tempo já estavam todos me procurando, chorando, colocando aviso na igreja (tipo, cidade pequena é assim, quase tudo que acontece coloca o aviso na igreja e a notícia rapidinho se espalha, kkkkkkk).

-Uma vez, quando ainda era bebê, me derrubaram do colo e cortei a cabeça, ainda hoje tem a cicatriz (acho que isso explica muita coisa né? auhsuahs). Por falar nisso, nunca quebrei braço ou perna, as pancadas geralmente eram na cabeça :S

-Invadia o terreno ao lado do meu avô pra roubar manga, goiaba e siriguela. kkkkkkk. Aí quando um falava 'lá vem João' (o dono)... Nossa, a tensão era geral. Quem nunca fez isso não sabe o que é correr perigo. hahahahaha. Certo dia, não eu tempo a gente descer, aí ficamos bem caladinhos pra ele não ver. Daí minha amiga começou a rir e todo mundo riu também, kkkkkk. O dono olhou pra cima e disse 'desça todo mundo daí agoraaa'... Só via a negada correndooo. kkkkkkkkk..Ah tempo bom viu.

Acho que já falei demais né? auhsuhas. E isso é apenas um pouco de um tempo tão bom e o qual eu aproveitei bastante. E até hoje ainda trago comigo algo da minha infância, algo que nunca deixarei que se perca, pois acredito que num mundo tão conturbado como o de hoje, cada um precisa ter um pouco de criança para tentar tornar os desafios menos difíceis de suportar. Portanto, conserve algo de criança que existe em você, não deixe que isso morra.

O homem chega a sua maturidade quando encara a vida com a mesma seriedade que uma criança encara uma brincadeira (Nietzsche)








quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Pensamentos soltos

- Aqueles que falam muito sobre ética, quando a gente vai ver são os que menos praticam.

- Não fique envergonhado ou se sinta inferior por não saber determinadas coisas, aos poucos, vamos aprendendo que simplesmente saber ou não sobre algum assunto não irá interferir de nenhuma forma na nossa vida.

- Por mais que você pense estar fazendo a coisa certa, sempre terá alguém que pensará o contrário, tentará fazê-lo mudar de idéia. Porém, continue mesmo assim, pois do lado de fora sempre terá alguém querendo puxar seu tapete, mas eles não têm como entrar no espaço sagrado de dentro de você (e esse é o que comanda)

- Por mais que se diga “eu sei como você se sente”, “posso imaginar o que está acontecendo”. A maioria das pessoas não sabe nada e não entendem nada até passarem pela mesma situação que a outra.

- Os tropeços, quedas, momentos difíceis nos deixam mais fortes, porém também nos tornam  menos cativáveis. Não sei se pelo medo de passar por aquilo novamente ou se é uma adaptação para sofrermos menos. E isso é muito ruim, pois faz com que fiquemos mais duros, sérios e menos receptivos.

- Se estiver com vontade de dizer “eu te amo” pra alguém, diga sem hesitar. Não é necessário que se diga todo momento (pelo menos pra mim), até porque essa é uma palavra muito nobre que não deve ser dita da boca pra fora (como vem sendo feito ultimamente), mas quando realmente sentir que existe o sentimento. Porém, em alguns casos, não espere tanto para demonstrar o que sente. Quantas vezes vozes se calam esperando por um gesto ou uma palavra nunca proferidos.

- “Já não somos os mesmo e nem vivemos como nossos pais” FATO

- Não crieis muitas expectativas com as pessoas, pois mais cedo ou mais tarde elas irão te decepcionar.

- Se fizéssemos metade das coisas que falamos, o mundo seria outro, tanto pra melhor quanto pra pior. O problema é que nos mantemos mais com discursos ensaiados do que arriscamos vivê-los na realidade.

- Existem dias que preferimos mil vezes ficar sozinhos. Outros a solidão é devastadora.

- Valorize o lado de palhaço que existe dentro de você. Sorrir é bom, fazer os outros sorrirem é tão bom quanto. 

- Não deixe que o conhecimento “suba na cabeça” e lhe faça querer passar por cima dos outros. Tem gente que se acha “o todo poderoso(a)” por pensar que sabe mais que o outro. Portanto, é melhor manter a humildade e respeito do que tornar-se um pseudo-intelectual arrogante e prepotente. Não acham?
.

- Essa história de sentir a dor do outro não existe. Podemos até nos sensibilizar, ficarmos tristes, tentarmos ajudar de alguma forma. Porém, sentir a dor do outro é IMPOSSÍVEL.

- Outro fato, ninguém muda ninguém.

 Nada lhe posso dar que já não exista em você mesmo. Não posso abrir-lhe outro mundo de imagens, além daquele que há em sua própria alma. Nada lhe posso dar a não ser a oportunidade, o impulso, a chave. Eu o ajudarei a tornar visível o seu próprio mundo, e isso é tudo.” (Hermann Hesse)

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Quando a chuva cai...



Não sei se é porque moro no sertão brasileiro, onde não chove muito que me encanto com tal fenômeno. Talvez se morasse em um lugar onde as chuvas fossem mais freqüentes não tivesse essa mesma concepção. Como muitas vezes acontece conosco, não damos valor aquilo que temos, sempre achamos que falta alguma coisa a mais. Se faz sol queremos chuva e se tem muita chuva desejamos o brilho e o calor do sol. Estamos constantemente insatisfeitos com aquilo que dispomos ao nosso redor, e com isso muitas vezes acabamos perdendo tempo, deixando escapar pequenos detalhes que fazem toda a diferença. 

A chuva me acalma, me faz parar pra pensar e refletir sobre a vida, me faz voltar ao tempo de criança. Em um tempo que não havia muitas preocupações, exigências, onde não se tinha idéia da complexidade da vida. Traz recordações, lembranças das mudanças que foram ocorrendo, das passagens de fases, dos momentos marcantes (felizes e tristes). No quanto aprendemos enxergar a vida com outros olhos, a caminhar com nossas próprias pernas, caindo e levantando.  Um processo bastante difícil, porém muito rico, e creio que ele nunca abará, pois a cada dia surge algo novo, que nos faz crescer e aprender um pouco mais.

Adoro tomar banho de chuva.  Adoro dormir quando chove, o barulho dos pingos nas telhas. A sensação de tranqüilidade, paz interior invadindo o ser. Ver um filminho debaixo das cobertas. Ler um bom livro e ouvir uma boa música. Muito bom.

"Viver não é esperar a tempestade passar... é aprender como dançar na chuva" (Autor desconhecido) ... E você sabe dançar na chuva? Eu tô aprendendo...


Com a chuva vem também uma melancolia inexplicável, uma saudade do que se viveu e do que ainda não. A chuva é Deus lavando nossa alma, limpando as impurezas e fazendo florescer coisas boas. "Ame como a chuva fina que cai silenciosamente mas que pode transbordar rios."

E encerro o post com Maria Gadú e Luiz Kiari cantando "Quando fui chuva"




Quando já não tinha espaço, pequena fui
Onde a vida me cabia apertada
Em um canto qualquer,
Acomodei minha dança, os meu traços de chuva
E o que é estar em paz
Pra ser minha e assim ser tua
Quando já não procurava mais
Pude enfim usar os teus vestidos d'água,
Me atirar tranquila daqui
Lavar os degraus, os sonhos, as calçadas
E, assim, no teu corpo eu fui chuva
... jeito bom de se encontrar!
E, assim, no teu gosto eu fui chuva
... jeito bom de se deixar viver!
Nada do que fui me veste agora
Sou toda gota, que escorre livre pelo rosto
E só sossega quando encontra tua boca
E, mesmo que em te me perca,
Nunca mais serei aquela que se fez seca
Vendo a vida passar pela janela



segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Saber Ouvir


Sinto que a capacidade de saber ouvir está cada vez mais distante das pessoas. Seus ouvidos estão impregnados do barulho e agitação das grandes cidades, captando sons de carros, pessoas falando sem parar, indo e vindo apressadas, sem tempo pra nada. Estão perdendo esse sentido fascinante que é ouvir, ouvir o canto dos pássaros, ouvir o barulho do mar, sons que só a natureza é capaz de proporcionar com tanta delicadeza e que transmitem uma paz incomum. Saber ouvir também aqueles mais idosos, que tantas experiências têm pra compartilhar e tanto tem a nos ensinar. Ouvir os pais, os amigos e professores. Ao invés disso, se acham muito espertos, que sabem tudo e que não precisam que ninguém opine em suas vidas. Dão mais valor as coisas supérfluas e esquecem o essencial. Renegando ensinamentos de valor inestimável.

Não sou de falar muito, prefiro escutar mais, tenho aprendido bastante ouvindo e sei que muito mais aprenderei, pois acredito que nossa sabedoria e conhecimento devem ser construído por nós próprios, cada qual como achar melhor e de acordo com suas experiências de vida. Entretanto, acredito que grande parte desse aprendizado perpassa por todo um conjunto de saberes, uma colcha de retalhos que se vai juntando um pouquinho do que cada um tem a nos oferecer.

Portando, antes de sair por aí falando o que vem na cabeça que tal ouvir um pouco? Um bom falante, antes de tudo deve ser um bom ouvinte.

Tem uma parte de um texto judaico que cabe perfeitamente aqui, diz assim: "Na procura de conhecimentos, o primeiro passo é o silêncio, o segundo ouvir, o terceiro relembrar, o quarto praticar e o quinto ensinar aos outros"

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Feliz dia do amigo *-*



"Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila.
Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero meu avesso.
Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco.
Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.
Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice!
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou.
Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril."
(Oscar Wilde)

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Coisas que a tecnologia não possue



Vivemos no mundo da tecnologia, da globalização e do excesso de informações. Às exigências para nos enquadrarmos nesse modelo a cada dia são maiores, e se não conseguimos acompanhar esse ritmo desenfreado de “crescimento” ficamos a margem da sociedade. O excesso de informações, cobranças e exigências contemporâneas estão nos cegando, impedindo de enxergar as coisas mais simples (porém essenciais para uma vida saudável e feliz). Estão nos tornando  mais individualistas, mais competitivos, perdendo valores fundamentais e  também adoecendo (tanto física como psicologicamente falando), tornando as pessoas mais ansiosas, com medo e muitas vezes discriminadas por não se encaixarem em determinados perfis, tornando-se assim depressivas ( muitas vezes  utilizam de substâncias como drogas, para fugir da realidade, trazendo consequências desastrosas).  O homem, desde tempos mais remotos, vem desenvolvendo meios que facilitem suas vidas, tais meios foram de grande importância em diversas áreas do conhecimento, como as ciências da saúde, biológicas, agrarias, humanas, etc. É notório que os benefícios advindos dos conhecimentos científicos são de extrema importância, porém, vendo a situação em uma outra perspectiva percebemos grandes problemas por trás dessas conquistas. As consequências do estabelecimento de um saber tão rigoroso e sistemático, como o científico, muita vezes maquiam nossa mente para situações mais sentimentais. Sem falar nas consequências sociais e ambientais (não raramente nos deparamos com noticiários de "tragédias naturais" que causam milhares de vítimas, ou então a grande miséria de alguns países causada pela exacerbada desigualdade social). Às vezes me pergunto se já não atingimos um grau suficiente de tecnologia? O que mais falta o homem inventar? Será que não seria a hora de tentar reparar as consequências geradas a “mãe natureza”? Parece que não é isso que os cientistas querem. A cada dia milhares de informações são jogadas, sobre diversos assuntos, os quais não despertam em nós atitudes criticas e reflexivas. Ora, se nem mesmo os cientistas se entendem, se perdem em sua individualidade, não articulam seus conhecimentos e estão mais preocupados em adquirir melhores status. Sendo assim, somos mais transformados em banco de dados do que estimulados a despertar a construção do conhecimento. Fica a pergunta no ar, ainda adianta pensar? Por trás de tudo isso existe todo um interesse em manter a grande massa populacional alienada, dando informações prontas, inativando nossa capacidade de reflexão e consequentemente mudança. Um grande atuante nesse processo é a mídia, como forma de controlar o comportamento da sociedade sem que esta se de conta de tal fato. Simplesmente nos dizem façam isso e fazemos, comam isso e comemos, comprem isso e compramos, aceitamos sem nos questionar, preferimos ficar na nossa comodidade, aceitamos e pronto. Devemos então saber fazer o tratamento das informações, não aceitar tudo que nos dizem como sendo verdadeiro, termos a capacidade de construir nossos conhecimento e adquirir sabedoria com as experiências que só a vida é capaz de proporcionar, pois não encontramos isso em nenhum manual ou revista científica. Precisamos abrir nossa mente para situações cotidianas, atitudes simples e não somente encher nossas cabeças com teorias, regras e conceitos. Pois se não estivermos com a mente boa, o corpo provavelmente irá responder de forma negativa, e para que isso não aconteça é necessário que nos sintamos bem conosco mesmo, desenvolvermos atividades prazerosas. E se tem uma coisa que a ciência nunca conseguirá explicar e nem a tecnologia de transmitir é o que acontece dentro de nós quando ouvimos a voz de uma pessoa querida, quando sentimos o calor da pele, o aperto no coração da saudade, o aconchego do abraço, a alegria contida num sorriso, o olhar profundo que fala mais que mil palavras, a fé que move nossos dias. Ah, isso nem a ciência nem nós mesmo conseguimos explicar, é algo que ultrapassa a barreira do entendimento. Mas pra que entender né, se o importante é sentir.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Um pouco sobre mim



Muitos me dizem que sou engraçada, palhaça e que estou sempre de bom humor (e é assim que gosto de estar), porém, algumas vezes uso isso como uma máscara, um disfarce pra encobrir realmente o que estou sentindo, por exemplo, quando não tenho um dia muito bom e chego a algum lugar, procuro manter um sorriso estampado, mesmo que a situação não esteja muito boa, e mesmo sendo um disfarce, acabo conseguindo esquecer um pouco as coisas ruins, pois a partir do momento em que faço outra pessoa rir, por mais simples que seja meu esforço para tal, pra mim já é motivo para se alegrar, melhorando assim o meu humor, o qual não estava muito bem antes de ter essa atitude ( é claro que nem sempre isso acontece, mas vale a pena tentar). É muito melhor tentar dessa forma do que explodir, jogar tudo pro alto, xingar tudo e todos, (não que eu não tenha feito ou não faça isso), ou ficar num canto só, remoendo aqueles acontecimentos (embora algumas vezes é melhor ficar sozinha também, termos esse tempo só nosso, que só agente entende). Sou amiga, compreensível, sensível, carinhosa, persistente, dedicada, gosto de ajudar, dou a mão, o ombro e o ouvido. Porém aí daqueles que não sabem valorizar esses gestos, pois sempre digo que me apego muito fácil, mas pra desapegar também não demoro muito. Sou pra quem me merece. Acho que um dos meus maiores defeitos era pensar muito nos outros, me doar demais, me entregar demais, criar expectativas demais, sempre me deixando pra depois e no final quase sempre acabava perdendo com isso. Agora não, procuro pensar mais em mim (podem até chamar de egoísmo, mas quando nós nos amamos de verdade, as coisas acontecem de forma bem diferente), em não me preocupar muito no que as pessoas estão pensando ou irão falar de mim, deixei de fazer muitas coisas por isso, agora não mais. Por vezes tento me fazer de forte, de durona, que consigo agüentar as cobranças, os desafios, os momentos difíceis, mas não sou. Sou frágil, insegura e que necessita de carinho e atenção. Não precisa que gritem aos quatro ventos, ou que encham meu Orkut de depoimentos, pra mim o que importa mesmo é saber que tenho alguém em que posso confiar e que mesmo sem se ver ou se falar todos os dias, sentir que tem alguém ali, que se preocupa comigo e que gosta de mim do jeito que sou. 

Sistema Límbico


Estudar o funcionamento do cérebro humano é uma coisa que me encanta. Aparentemente não temos a dimensão de sua complexidade. Cada estrutura com uma função individual e ao mesmo tempo necessitando uma da outra para se completarem, fazerem a “engrenagem” funcionar de forma correta. Por mais que se tenha descoberto muita coisa a respeito do funcionamento do cérebro, podemos passar anos estudando que nunca conseguiremos desvendar todos os mistérios que cercam esse fascinante emaranhado de significados. Uma parte do cérebro chama minha atenção em especial: O Sistema Límbico. Sabe quando você sente alegria, tristeza, raiva, medo, reação de luta e fuga, emoção e razão, prazer e recompensa? Quem está por trás de tudo isso é o sistema límbico, composto por: giro do cíngulo, giro para-hipocampal, hipocampo, corpo amigdalóide, núcleos mamilares, etc. Sem falar no circuito de Papez, importante no mecanismo das emoções e da memória. Sendo assim o Sistema límbico é responsável primordialmente por controlar as emoções e secundariamente participa das funções de aprendizado e memória, podendo também participar do sistema endócrino. A palavra emoção deriva do latim movere, mover, por em movimento. É essencial compreender que a emoção é um movimento de dentro para fora, um modo de comunicar os nossos mais importantes estados e necessidades internas. Portanto, muitas coisas que postarei aqui será culpa do Sistema Límbico ok. (rsrsrs)