Sobre devaneios, divagações e universos pararelos

Sobre devaneios, divagações e universos pararelos

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Ilha das flores


Lembrei desse vídeo que vi em uma aula de sociologia e gostaria de compartilhar com vocês... Pelo título a gente pensa ser uma coisa bem bonita né? Ilhas das flores, mas a realidade é outra totalmente diferente. Não há nada de flores. Muito pelo contrário, o que se vê é um descaso absurdo com a vida humana. E quando vejo algo desse tipo sou tomada por um sentimento de impotência misturado com revolta. 
Muito tem se falado da pobreza na áfrica, das desigualdades sociais, "da falta de alimentos", enfim, vários problemas que assolam a sociedade. Mas fica só nisso, ninguém faz absolutamente nada. Para muitos já está ficando meio que "comum", muitos estão perdendo a capacidade de se sensibilizar com o sofrimento do outro(chamaria isso de atrofiamento das emoções). Estão muito bem acomodados em suas bolhas, seus mundinhos artificiais.

O que você me diz dessa imagem? Não sente nada ao vê-la? Acha que é algo muito distante e que você não tem nada a ver? Ou ainda é capaz de se emocionar? Digo isso, pois para muitos não passa de um imagem qualquer. E não precisa eu dizer nada sobre a imagem, pois ela já fala por si própria.



Aos que ainda são capazes de sentir uma inquietação, um desejo de mudança, uma aperto no coração, meus parabéns, suas emoções ainda estão 'ativadas'.

Mas falar aqui não irá resolver nada. Ou então milhares de noticiários estampados em todos os lugares. Todo mundo já sabe do problema. É hora de falar em melhorias, quem sabe todo mundo falando e principalmente cobrando algum dia melhore né? 
Enquanto isso não chega só nos resta REZAR por esses seres , vítimas de um contexto social que se estabeleceu através da negação e do descaso. Que assim como nós, são providos de sentimentos, possuem sonhos e desejos e que no mínimo devem ser respeitados. 

P.S.1: Gostaria de saber como está atualmente a ilha das flores, pois o documentário é de 1989 (ano que nasci). Vou pesquisar aqui, se alguém souber me avise.

P.S.2: Ao ver situações como essas, percebemos o quanto somos abençoados. O quanto devemos agradecer, agradecer e agradecer. O quanto muitas vezes nos prendemos a problemas tão mesquinos e deixamos passar coisas simples e essenciais. E o quanto reclamamos muitas vezes sem necessidade.

Das peripécias e lembranças da infância ^^

-Adorava brincar nas ruas de queimada (descontava minhas rivalidades pessoais com boladas 'super fortes', uma vez quase quebro o dedo de uma menina quando ela tentou agarrar a bola, kkkkkkk), de esconde-esconde (bem, na maioria das vezes ficava 'pastorando' as mais 'saidinhas' namorarem, eu como era a mais nova, tinha que me submeter a isso ¬¬'), chuta latinha, bandeirinha, pular elástico, jogar bila (bolinha de gude :P) tinha uma lata de neston cheinha de bila, kkkkkk... E da vez que quase morro soltando uma pipa hein? Quando ficou presa no fio.

-Adorava imitar cantoras e dançarinas (dizia que ia ser cantora viu ¬¬), brincar de bonecas, fazer roupinhas...Ah! Sabem aquela boneca da eliana que 'andava'? Pois bem, eu era louca por uma, aí uma amiga tinha e eu ia brincar na casa dela (um dos traumas, auhsuhs). Brincava de escolinha, de cabra-cega, passar o anel, tô no poço, e várias muitas outras. Morria de medo do fofão, achava que tinha uma faca dentro dele e ele iria me matar O.O

-Posso dizer que já fui rica sim, mas só naquela música ... Eu sou rica, rica rica de marré, marré, marré. Eu sou rica, rica, rica de marré deci, kkkkkkkkkkkk, não queria ficar do lado pobre, tadinha de mim..kkkkk.

-Gente, eu pareço legal, mas quase morro de rir quando uma amiga minha mandou a outra pular da rede dizendo que ela iria voar. Resultado, a pobre meteu a cara no chão, kkkkkkkk. Já pratiquei bullying na escola (chamava uma menina de rede de pegar peixe, porque ela só ia pra escola com uma blusa de crochê, não me orgulho disso não ok? :S. Na 3ª série, uma menina tava escrevendo meu nome e de um menino no quadro, aí eu fui apagar e ela me deu uma esponjada na cabeça, logo em seguida dei um soco na cara dela, detalhe, o nariz dela sangrou muito. Gente, foi só o impulso ok? Não sou violenta.

-Já fiquei brincando por horas na casa de uma colega sem avisar a mainha. Depois de um certo tempo já estavam todos me procurando, chorando, colocando aviso na igreja (tipo, cidade pequena é assim, quase tudo que acontece coloca o aviso na igreja e a notícia rapidinho se espalha, kkkkkkk).

-Uma vez, quando ainda era bebê, me derrubaram do colo e cortei a cabeça, ainda hoje tem a cicatriz (acho que isso explica muita coisa né? auhsuahs). Por falar nisso, nunca quebrei braço ou perna, as pancadas geralmente eram na cabeça :S

-Invadia o terreno ao lado do meu avô pra roubar manga, goiaba e siriguela. kkkkkkk. Aí quando um falava 'lá vem João' (o dono)... Nossa, a tensão era geral. Quem nunca fez isso não sabe o que é correr perigo. hahahahaha. Certo dia, não eu tempo a gente descer, aí ficamos bem caladinhos pra ele não ver. Daí minha amiga começou a rir e todo mundo riu também, kkkkkk. O dono olhou pra cima e disse 'desça todo mundo daí agoraaa'... Só via a negada correndooo. kkkkkkkkk..Ah tempo bom viu.

Acho que já falei demais né? auhsuhas. E isso é apenas um pouco de um tempo tão bom e o qual eu aproveitei bastante. E até hoje ainda trago comigo algo da minha infância, algo que nunca deixarei que se perca, pois acredito que num mundo tão conturbado como o de hoje, cada um precisa ter um pouco de criança para tentar tornar os desafios menos difíceis de suportar. Portanto, conserve algo de criança que existe em você, não deixe que isso morra.

O homem chega a sua maturidade quando encara a vida com a mesma seriedade que uma criança encara uma brincadeira (Nietzsche)