Sobre devaneios, divagações e universos pararelos

Sobre devaneios, divagações e universos pararelos

sexta-feira, 18 de novembro de 2011



Hoje à tarde pude contemplar o vôo de vários pássaros (não sei qual a espécie). Parecia mais uma dança no ar. Vinham em grupos de uns 20 mais ou menos, e estavam organizados em forma de v. Essa organização permite percorrer uma maior distância com menos esforço, já que elas ficam se revezando, quando uma cansa outra assume sua posição de liderança, e assim por diante (e é isso que deve acontecer conosco também, saber que não estamos sozinhos, que tem alguém do nosso lado nos apoiando, fortalecendo-se mutuamente).  Quando achava que iria acabar, surgira outro bando, lindamente, rumo ao seu destino. Certo momento, um grupo veio desordenadamente, em uma direção diferente da dos demais, passando bem por cima da minha cabeça. Fiquei admirando à beleza do vôo e invejando aquelas criaturas, querendo tornar-me um deles, saber qual a sensação, sentir o vento e a liberdade. E também, ao continuar olhando para o céu após a passagem do bando de pássaros, vi um brilho inexplicável, como se tivessem jogado purpurina lá de cima. E fiquei ali, por um tempo (não sei quanto ao certo), quieta, pensando no quão somos pequenos diante da estonteante magnitude da natureza.  O horário era ao entardecer, a melhor parte do dia (pelo menos pra mim) é essa, quando o sol está se pondo e dando lugar ao escurecer da noite, ao aparecimento das estrelas, que tão perfeitamente abrilhantam nossas noites e nos embelezam com seu fascínio.