Sobre devaneios, divagações e universos pararelos

Sobre devaneios, divagações e universos pararelos

quarta-feira, 31 de maio de 2017


Resultado de imagem para vazio nada


Chegará o dia no qual irão me procurar. 
Mas eu... 
Bem...
Eu não estarei mais lá.

quinta-feira, 2 de junho de 2016

Sobre as “redes sociais”

Para que fazer parte de redes sociais se eu não sou uma pessoa sociável/aceitável??? Pois é, atualmente estou fugindo de qualquer interação social que não tenha uma obrigatoriedade/indispensabilidade/essencialidade em minha vida. Cansada das pessoas, seus achismos, opiniões e julgamentos.

No meu ponto de vista, muito longe de promover interações sociais profícuas, e relações saudáveis entre as pessoas, as redes criam um verdadeiro abismo e isolamento entre elas. Ninguém se entende, ninguém se ouve, ninguém se respeita. Virou uma confusão generalizada... Além de ser um convite a invasão de nossas vidas, privacidade e mente. Uma abertura a interpretações múltiplas e geradoras de conflitos.

Hoje decidi que não quero mais fazer parte dessas redes. Julgo completamente dispensável. Não quero saber o que fulaninho comeu no almoço, para onde viajou nas férias, o que pensa sobre a política etc etc. Como também não quero que saibam sobre mim... Não quero notificações.

Sempre fui uma pessoa muito fechada, nunca gostei de expor os sentimentos e vulnerabilidades – apesar de ser muito transparente e de vez em quando expor mais do que deveria. Nas vezes em que me abri, me expus, falei sobre meus piores medos, frustrações, angustias e sobre o lado mais obscuro do meu ser, isso foi usado contra mim. Não quero mais isso. Não aguento mais isso. Já basta minha própria cobrança, exigência e culpa por não conseguir ser uma pessoa boa/agradável/adequada – não sou assim e sinto que nunca serei. Não fui feita para ser feliz ou gerar felicidade nos outros.

Não quero fazer parte da vida das pessoas apenas quando eu me adequo a elas, não sou um objeto moldável, muito menos descartável, que quando conveniente se tem por perto e quando não é desprezado. Prefiro a solidão, na verdade nasci para ser sozinha mesmo. Dou o direito somente a mim de ser cruel comigo mesma, aos outros não - se for para me ferir deixa que eu mesma faço, não precisa de mais ninguém pra isso.

As vezes a melhor coisa a se fazer é não fazer, não saber, não buscar. As vezes a melhor notícia a se dar é não dar notícias. Sabe quando você vai procurar uma coisa e aparece "página indisponível no momento", pois bem, é assim que estou. 

Hoje decidi vestir a capa da invisibilidade. Quero me esconder, quero fugir, não quero ser nem estar, não quero ter que me justificar ou explicar o porquê de ser assim – essa confusão infinita. E acredito que quanto mais ausente mais fácil as pessoas esquecerem, quando mais fácil esquecerem mais insignificante me torno, quanto mais insignificante me torno melhor para mim. Não me busquem em redes sociais, não me busquem na superficialidade de seus achismos, aliás, não me busquem de nenhuma forma, pois eu não quero ser encontrada. 


segunda-feira, 30 de maio de 2016

Chutando sapo

Quem nunca viu um sapo entrando em casa e a primeira reação foi chutá-lo para fora? Certeza muita gente já praticou pelo menos uma vez esse ato. Principalmente quem mora em cidade pequena do interior, onde isso é mais comum. Pois bem, quando chutado ele fica bastante inchado (um mecanismo natural de defesa deles), mas daí que mesmo sendo chutado ele volta, chuta de novo e volta, chuta e volta. Ele sempre volta.... Quanta insistência não?

E continua-se chutando, afinal sua presença indesejável causa muita repugnância e desconforto, o tornando extremamente desprezível. Quando isso acontece só se leva em consideração a insatisfação causada pelo sapo. Ninguém pensa em sua função ou importância, não é? Na manutenção do equilíbrio, controle de insetos, evitando que estes se proliferem de forma exacerbada e gere doenças etc. Pois é meus caros, até mesmo um sapo possui seu valor. Mas para o “chutador” isso pouco importa, o interesse é apenas o seu próprio bem estar.


Mas um belo dia, aquele mesmo sapinho, tantas vezes chutado e rejeitado, que sempre estava lá, que sempre voltava, que sempre procurava o mesmo abrigo, resolveu que não voltaria mais. E o que aconteceu para que ele mudasse de atitude? Ele simplesmente cansou. Cansou de ser chutado, incompreendido, desprezado e humilhado. Decidiu que apesar de sua vida parecer insignificante para muitos ele sabia o seu real valor. E se ele sabia, pouco importava o que os outros achavam ao seu respeito – mas o que achavam não lhes dava o direito de feri-lo. 

domingo, 20 de março de 2016

Mais um ano de “vida”...




É, amanhã fico um pouco mais velha... Geralmente as pessoas se sentem felizes na data de seus aniversários, gostam de comemorar, juntar as pessoas e festejar. Nunca fui disso, nunca gostei – e agora mais que nunca me parece uma data ridiculamente comum e sem importância. Não tenho lembranças de festinhas infantis, nem na mente nem fotografia.  Existiram ou não? Pouco importa. Aprendi muito cedo a não ter as coisas, sem muitos questionamentos, apenas aceitar. Talvez seja por isso que me acostumei a viver com as faltas. Se essas faltas influenciaram no que sou hoje? É provável que sim... Mas antigamente isso me afetava de forma dolorosa, hoje em dia é algo que tanto faz. Há muito essa tem sido uma data triste, na qual a tão sonhada “comemoração” de outrora não existe mais. O que existe, na verdade, é uma vontade que essa data passe desapercebida, que não existam mensagens, ligações e principalmente visitas – antes quase imploradas, hoje rejeitadas e ignoradas. Também não quero bolo, presentes e abraços. O que por muito tempo foi decisão dos outros hoje é uma escolha minha. Simplesmente não quero nada disso. Apenas me deixem quietinha.