Sobre devaneios, divagações e universos pararelos

Sobre devaneios, divagações e universos pararelos

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Feliz dia do amigo *-*



"Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila.
Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero meu avesso.
Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco.
Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.
Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice!
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou.
Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril."
(Oscar Wilde)

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Coisas que a tecnologia não possue



Vivemos no mundo da tecnologia, da globalização e do excesso de informações. Às exigências para nos enquadrarmos nesse modelo a cada dia são maiores, e se não conseguimos acompanhar esse ritmo desenfreado de “crescimento” ficamos a margem da sociedade. O excesso de informações, cobranças e exigências contemporâneas estão nos cegando, impedindo de enxergar as coisas mais simples (porém essenciais para uma vida saudável e feliz). Estão nos tornando  mais individualistas, mais competitivos, perdendo valores fundamentais e  também adoecendo (tanto física como psicologicamente falando), tornando as pessoas mais ansiosas, com medo e muitas vezes discriminadas por não se encaixarem em determinados perfis, tornando-se assim depressivas ( muitas vezes  utilizam de substâncias como drogas, para fugir da realidade, trazendo consequências desastrosas).  O homem, desde tempos mais remotos, vem desenvolvendo meios que facilitem suas vidas, tais meios foram de grande importância em diversas áreas do conhecimento, como as ciências da saúde, biológicas, agrarias, humanas, etc. É notório que os benefícios advindos dos conhecimentos científicos são de extrema importância, porém, vendo a situação em uma outra perspectiva percebemos grandes problemas por trás dessas conquistas. As consequências do estabelecimento de um saber tão rigoroso e sistemático, como o científico, muita vezes maquiam nossa mente para situações mais sentimentais. Sem falar nas consequências sociais e ambientais (não raramente nos deparamos com noticiários de "tragédias naturais" que causam milhares de vítimas, ou então a grande miséria de alguns países causada pela exacerbada desigualdade social). Às vezes me pergunto se já não atingimos um grau suficiente de tecnologia? O que mais falta o homem inventar? Será que não seria a hora de tentar reparar as consequências geradas a “mãe natureza”? Parece que não é isso que os cientistas querem. A cada dia milhares de informações são jogadas, sobre diversos assuntos, os quais não despertam em nós atitudes criticas e reflexivas. Ora, se nem mesmo os cientistas se entendem, se perdem em sua individualidade, não articulam seus conhecimentos e estão mais preocupados em adquirir melhores status. Sendo assim, somos mais transformados em banco de dados do que estimulados a despertar a construção do conhecimento. Fica a pergunta no ar, ainda adianta pensar? Por trás de tudo isso existe todo um interesse em manter a grande massa populacional alienada, dando informações prontas, inativando nossa capacidade de reflexão e consequentemente mudança. Um grande atuante nesse processo é a mídia, como forma de controlar o comportamento da sociedade sem que esta se de conta de tal fato. Simplesmente nos dizem façam isso e fazemos, comam isso e comemos, comprem isso e compramos, aceitamos sem nos questionar, preferimos ficar na nossa comodidade, aceitamos e pronto. Devemos então saber fazer o tratamento das informações, não aceitar tudo que nos dizem como sendo verdadeiro, termos a capacidade de construir nossos conhecimento e adquirir sabedoria com as experiências que só a vida é capaz de proporcionar, pois não encontramos isso em nenhum manual ou revista científica. Precisamos abrir nossa mente para situações cotidianas, atitudes simples e não somente encher nossas cabeças com teorias, regras e conceitos. Pois se não estivermos com a mente boa, o corpo provavelmente irá responder de forma negativa, e para que isso não aconteça é necessário que nos sintamos bem conosco mesmo, desenvolvermos atividades prazerosas. E se tem uma coisa que a ciência nunca conseguirá explicar e nem a tecnologia de transmitir é o que acontece dentro de nós quando ouvimos a voz de uma pessoa querida, quando sentimos o calor da pele, o aperto no coração da saudade, o aconchego do abraço, a alegria contida num sorriso, o olhar profundo que fala mais que mil palavras, a fé que move nossos dias. Ah, isso nem a ciência nem nós mesmo conseguimos explicar, é algo que ultrapassa a barreira do entendimento. Mas pra que entender né, se o importante é sentir.